Temas grupo 03

Os temas do grupo 03 envolvem: 


- Desenvolver o sentido social;
- Desenvolver a capacidade de intervenção;
- Desenvolver a capacidade de resolver problemas.

Devem afixar aqui o vosso material (work in progress), resultante do trabalho continuado de análise sobre o caso de estudo que selecionaram.

7 comentários:

  1. Definição de problema:
    O problema é uma dificuldade na obtenção de um determinado objectivo.

    Para ter a capacidade de resolver problemas muitas vezes inesperados, o designer procura alternativas, livres de pressupostos e utiliza o seu conhecimento de forma inovadora e criativa.

    “O problema não se resolve por si só; no entanto contem já todos os elementos para a sua solução, é necessário conhece-los e utiliza-los no projecto de solução.”
    “Das coisas nascem coisas “, (MUNARI, Bruno. São Paulo: Martins Fontes 1998) pp.41

    Para definir, neste caso, um trabalho de pesquisa, podemos estabelecer metodologia, para que o resultado final seja atingido.
    Inicialmente temos um PROBLEMA (um tema e um caso de estudo), e queremos alcançar uma SOLUÇÃO (elaboração de um artigo).
    Inicia-se um projecto pela DEFINIÇÃO DO PROBLEMA, ou seja, a que “ a quem” se destina, que tipo de texto é pedido, qual é o caso de estudo, qual é o tema.
    Nessa definição encontram-se objectivos do material, bem como a selecção de autores para leituras de apoio.
    Depois de concluída a definição do problema, tem-se uma IDEIA. No entanto, a ideia não pode ser considerada uma solução. Apesar de ajudar no desenvolvimento, não resolve a questão. É necessário desmontar o problema nas suas componentes (COMPONENTES DO PROBLEMA) e reconhecer os “pequenos problemas” isoladamente, de forma a facilitar a resolução dos mesmos.
    Depois de identificar os componentes do problema e os subdividir em subproblemas, inicia-se a RECOLHA DE DADOS.
    A recolha de dados significa procurar conhecer cada parte do todo de um projecto, separadamente. Selecciona-se os textos de apoio, recolhe-se informações do blog , pesquisar vídeos, ler os livros que sirvam de apoio ao trabalho, os mesmos devem ser indicados com alguma antecedência, para que a leitura seja feita antecipadamente.
    Uma recolha de dados bem-feita, reduz as probabilidades de cometer “erros” no trabalho que estamos a elaborar.
    Depois de recolher os dados, deve-se analisa-los (ANÁLISE DOD DADOS). A análise dos dados serve para mostrar o que se deve ou não aproveitar, permite também estabelecer o passo seguinte: a CRIATIVIDADE.
    Coloca-se a ideia de parte, para dar lugar à criatividade. A ideia é algo fantasiosa ao passo que a criatividade processa-se de acordo com uma metodologia, mantendo-se nos limites impostos pela análise dos dados recolhidos.
    Depois da criatividade, define-se os MATERIAIS E TECNOLOGIAS a serem utilizados no trabalho proposto. Depois de definido, começa-se a “testar” os materiais e as tecnologias escolhidas. (EXPERIMENTAÇÃO).
    Depois de todas as fases anteriores, chegamos a um MODELO. O modelo sintetiza as ideias em relação a um objectivo.
    O passo seguinte é a VERIFICAÇÃO, seguindo-se das rectificações correcções para chegar por fim à solução.
    É nas verificações que se observam os “erros” ,caso existam , e ter a possibilidade de os corrigir.
    Com base em todos os dados posteriores pode-se começar a preparar os DESENHOS CONSTRUTIVOS, uma síntese dos dados levantados ao longo de todo um processo que envolve fases distintas.

    Baseado na metodologia de projecto de Bruno Munari
    Sónia Neves nº 43335

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  2. A todos os alunos:
    Aceitei a publicação de todos os comentários, de modo a permitir o iniciar o processo de partilha, previsto na metodologia da UC.
    No entanto, não esqueçam de inserir (nos próximos contributos) a data correspondente ao que citam, pois isso dá indicação para a referência bibliográfica. A par disso, devem acrescentar a Bibliografia (doutra forma, as referências aos autores e data durante o texto têm muito menos validade).

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  3. Desenvolver a capacidade de Intervenção através da disciplina de Educação Visual e Tecnológica.
    Intervenção: Acção de intervir; mediação; intercessão; acto de intervir através da palavra ou pela acção


    Tendo esta disciplina como objecto de trabalho as artes visuais em geral, assim como todas as suas imensas e múltiplas abordagens e universos, é de uma destas suas abordagens que aqui irei tentar tratar.
    A intervenção. Neste caso vou-me centrar na intervenção urbana/ artística. Este termo refere-se a uma manifestação que normalmente ocorre nas cidades. Pode se vestir com variadíssimas roupagens, e actualmente há muitos e variadíssimos exemplos disso mesmo.
    Assim esta manifestação tendo ligações à arte conceptual, vai beber aos universos da performance, da body Art, dos dadaístas, dos happnnings, da land arte por aí fora! Pretende sempre dizer algo sobre algo, propor outras leituras, fazer parar, fazer andar, fazer pensar, fazer parar de pensar, qualquer coisa pode ser pretendido por quem se propõe a intervir!
    Esta forma de expressão pretende muitas vezes intervir social, politica, ambientalmente entre outras questões. Tem quase sempre um carácter revolucionário, de acção, de querer que qualquer coisa mude, que fazer reflectir, de alterar. Querer simplesmente fazer com que as pessoas olhem para o céu, pela Poro - Intervenções Urbanas e Ações Efêmeras é atribuir sentidos e ambientes poéticos a espaços urbanos que se nos apresentam cada vez menos poéticos e mais abrasivos, é pretender fazer com que as pessoas se reapropriem do espaço que é seu de facto, como nos explicam Maria Angélica Melendi e Wagner Barja.
    "O que hoje chamamos de intervenção urbana evolve um pouco da intensa energia comunitária que floresceu nos anos de chumbo. Os trabalhos dos artistas contemporâneos, porém, buscam uma religação afectiva com os espaços degradados ou abandonados da cidade, com o que foi expulso ou esquecido na afirmação dos novos centros. Por meio do uso de práticas que se confundem com as da sinalização urbana, da publicidade popular, dos movimentos de massa ou das tarefas quotidianas, esses artistas pretendem abrir na paisagem pequenas trilhas que permitam escoar e dissolver o insuportável peso de um presente cada vez mais opaco e complexo." Maria Angélica Melendi
    "Cabe observar que, actualmente nas artes visuais, a linguagem da intervenção urbana precipita-se num espaço ampliado de reflexão para o pensamento contemporâneo. Importante para o livre crescimento das artes, a linguagem das intervenções instala-se como instrumento crítico e investigativo para elaboração de valores e identidades das sociedades. Aparece como uma alternativa aos circuitos oficiais, capaz de proporcionar o acesso directo e de promover um corpo-a-corpo da obra de arte com o público, independente de mercados consumidores ou de complexas e burocratizantes instituições culturais." Wagner Barja
    Desenvolver esta capacidade de intervenção nos alunos e nas pessoas em geral será assim tão difícil, ou apenas teremos que lhes relembrar de coisas que elas sempre souberam? Vendo o filme Waste Land (documentário acerca de um trabalho realizado pelo artista plástico Vik Muniz numa lixeira do Rio de Janeiro) fiquei com a nítida ideia de que apenas é necessário relembrar! Parece-me que inatamente as pessoas sabem o que fazer. “…What I really want to do it´s to be able to change the life of a group of people with the same material that they do it every day” ( Vik Muniz).




    www.infopedia.pt . consultado em 21 de Abril de 2011
    www.intervencaourbana.org/ . consultado em 21 de Abril de 2011
    pt.wikipedia.org/wiki/Intervenção_urbana. . consultado em 21 de Abril de 2011
    www.eba.ufmg.br/grupo/piti.htm . consultado em 21 de Abril de 2011
    web.archive.org/web/20080425234854/http:/www.polemica.uerj.br/pol15/cimagem/p15_barja.htm . . consultado em 21 de Abril de 2011
    www.wastelandmovie.com . consultado em 21 de Abril de 2011

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  4. Problema / Solução:
    Problema: por mais diferentes que sejam os problemas, todos eles apresentam uma característica comum: o facto de representarem uma dificuldade insustentável que é necessário ultrapassar.
    “A definição do problema faz parte da resposta”. “Arquitectura: Forma, Espacio y Ordem”, FRANCIS, D.K. Ching. Barcelona. Gustavo Gilli, 1982.
    Um problema pode ser definido como uma questão que é necessário dar resposta. Quando surge um problema, é necessário pensar de forma a encontrar uma solução para o mesmo. A ausência do saber ou carência de informação é a razão para a existência do problema.
    Os problemas podem ser encontrados em todas as áreas do saber e em toda a actividade humana: existem problemas filosóficos, problemas económicos, problemas biológicos, problemas familiares ou existenciais, cada um dos quais com as suas especificidades.
    O problema resulta de uma necessidade, mas na maior parte das vezes não se processa só por si. No entanto, o PROBLEMA contem elementos que nos conduzem no caminho da SOLUÇÃO.
    Todo o Processo de concepção assenta na busca da “melhor” solução para um determinado problema, de acordo com as condições e condicionantes previamente existentes. As condicionantes podem ser de ordem funcional ou material, mas podem também reflectir um propósito de tipo social, económico, político, simbólico ou até mesmo do reino da fantasia.
    O problema deve ser definido de forma criteriosa, permitindo assim definir limites dentro dos quais se deve trabalhar na solução. “(…) é necessário também definir o tipo de solução que se quer atingir(…)” . “Das Coisas Nascem Coisas”, MUNARI, Bruno. São Paulo. Martins Fontes,1998 pp.44.
    A natureza das soluções pode estar inevitavelmente condicionada ao modo de interpretar, definir e articular o problema.

    Solução: s.f. Resolução de uma dificuldade, de um problema, resposta a uma questão.
    Termo, desfecho, conclusão: o desquite foi a solução de desentendimentos crónicos.
    Indicações, método para obter o valor das incógnitas.

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  5. Métodos e Técnicas para a Resolução de Problemas

    Os métodos e técnicas utilizadas para a resolução de problemas (são muitíssimo importantes), pois não são mais do que uma sucessão de operações necessárias, dispostas de forma lógica ditadas pela experiência. Estes métodos não são absolutos, são no entanto formas de desmontar o problema a partir de um percurso experimental. Kant afirma que “(…) todo o conhecimento começa com a experiência, mas não significa que tudo dela deriva”. Kant citado em “A Eternidade, o tempo e o conceito”, KOJEVE, Alexandre. Paris. Farândola, 1996, p.24.

    A capacidade de reconhecer e interligar novos valores, de tomar decisões de orientação ao longo do percurso, pode ser chamada de CRIATIVIDADE.
    Assim na lógica do raciocínio anteriormente indicado, podemos definir o acto de criar como sendo um percurso metódico ao longo do qual se pretende solucionar um problema, utilizando entre outras ferramentas a IMAGINAÇÃO aliada ao método.

    A visão, a audição, o tacto e todos os outros receptores sensoriais entram em acção simultaneamente com o auxílio do raciocínio e da inteligência de forma a captar todas as possibilidades, isto aconteces sempre que se utiliza um método de resolução de problemas.

    Quando se fala em metodologia e técnicas de resolução de problemas não estamos a falar de uma receita, mas antes falamos de um processo imaginativo e sistemático que auxilia na organização e orientação do acto de criar, de forma a tornar o objecto final ou a solução mais harmoniosa e adequada ao problema inicial.

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  6. Existem inúmeros métodos que auxiliam na resolução de problemas, estes métodos distinguem uma série de operações necessárias, dispostas de forma lógica, para chegar à solução com um menor esforço. Entre eles temos 2 exemplos:
    - Método Cartesiano
    - Método Projectual de Bruno Munari

    O ser humano é um ser pensante, desde muito cedo que busca a perfeição e consequentemente a melhoria das condições de vida. Procura soluções que se adequam aos seus problemas (desde os mais simples até aos mais complexos), esta busca incessante fez com que o homem desenvolvesse métodos e lógicas de forma a transformar, criar e modificar objectos, hábitos e procedimentos para que mais fácil e mais rapidamente possa resolver os problemas.

    - Método Cartesiano: Este método pode ser útil para resolver pequenos problemas, mas que não impede a resolução de problemas maiores.

    1º Passo – Deve sempre evitar a precipitação e evitar incluir juízos pessoais, de forma a eliminar de forma clara todas as dúvidas existentes.

    2º Passo – Dividir o problema, tantas quantas as vezes possíveis até conseguir compreende-lo.

    3º Passo – Ordenar, começando por tentar resolver em primeiro lugar os problemas mais pequenos e simples, evoluindo gradualmente. Entenda-se que os problemas costumam ter um interligação, logo resolvendo os problemas mais pequenos é fácil resolver os problemas maiores.

    4º Passo e último – Descodificar o problema exaustivamente até à solução total.

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  7. - Método Projectual de Bruno Munari: Para o autor “O problema não se resolve por si só; no entanto contem já todos os elementos para a sua solução (…)”.“Das Coisas Nascem Coisas”, MUNARI, Bruno. São Paulo. Martins Fontes, 1998 pp.41.

    Exemplo:
    A partir de um problema fictício, vamos a partir do método resolução de problemas de MUNARI desmontar e resolver um problema.

    DP DEFINIÇÃO DO PROBLEMA. A Maria (nome da personagem) quer atravessar o rio, mas repara que a ponte existente ruiu (Problema).
    4 Como é que a Maria vai conseguir passar para a outra margem?
    4 Maria define como objectivo principal a sua travessia, mas como?

    Após a definição do problema a Maria têm muitas IDEIAS, mas estas não podem ser postas em prática, porque não servem como soluções. Apesar de auxiliarem no processo de resolução do problema é necessário definir bem as Componentes do Problema.
    4 A Maria pensa em inúmeras hipóteses, atar uma corda, comprar um barco, colocar um tronco de uma árvore etc., mas nenhuma lhe parece a escolha certa por variadíssimas justificações.

    CP Ao tentar resolver pequenos problemas, descodificam-se as COMPONENTES DO PROBLEMA.

    RD É a partir da RECOLHA DE DADOS que o trabalho de pesquisa ganha relevo.

    AD Depois da recolher os DADOS, estes devem ser cuidadosamente ANALIZADOS . Só assim é que conseguimos ultrapassar etapas e poupamos tempo, porque evitamos erros já experimentados anteriormente.

    C Neste ponto a CRIATIVIDADE é dominante. Após o problema estar bem definido, os dados e as possibilidades bem estudadas, é a criatividade que vai ajudar a processar as ideias, mas aqui já com os limites da lógica e do método adequados ao problema em questão.
    4 A Maria já encontrou uma solução: Mandar fazer uma ponte!

    MT Está na hora de definir os MATERIAIS E TECNOLOGIAS e elaborar projectos. Estes deverão ser de acordo com as normas de representação, com os materiais e com as técnicas adequadas.

    E EXPERIMENTAÇÂO.É importante fazer um estudo prévio que resulta de recolha de várias soluções possíveis e de uma escolha/selecção de respostas adequadas.
    4 A investigação direccionada deu à Maria ideias, que ela tenta por em prática.
    Depois de muitos esboços e estudos Maria já tem em sua posse o projecto vencedor!

    O passo seguinte é a VERIFICAÇÃO, é uma fase fundamental, pois é aqui que se faz o despiste de possíveis erros e que caso existam devem ser corrigidos.

    M Os DESENHOS CONSTRUTIVOS aparecem como uma concretização e construção da ideia.
    4 A Maria põe as mãos à obra, com os materiais que anteriormente verificou serem os ideais, as ferramentas, as técnicas, manda efectuar/projectar a ponte.

    A A AVALIAÇÂO corresponde à fase mais critica, é nesta fase que é finalmente testada a solução. Só agora se pode comprovar se a solução dá realmente resposta ao problema.
    4 Finalmente a Maria pode atravessar para a outra margem em segurança. Verifica-se que a construção da ponte e o modelo da mesma foi a solução mais adequada para o problema em questão.

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