Temas grupo 02

Os temas do grupo 02 envolvem: 


- Desenvolver a capacidade de Comunicação;
- Desenvolver o sentido crítico;
- Permitir o entendimento do mundo tecnológico.

Devem afixar aqui o vosso material (work in progress), resultante do trabalho continuado de análise sobre o caso de estudo que selecionaram.

11 comentários:

  1. A todos os alunos:
    Aceitei a publicação de todos os comentários, de modo a permitir o iniciar o processo de partilha, previsto na metodologia da UC.
    No entanto, não esqueçam de inserir (nos próximos contributos) a data correspondente ao que citam, pois isso dá indicação para a referência bibliográfica. A par disso, devem acrescentar a Bibliografia (doutra forma, as referências aos autores e data durante o texto têm muito menos validade).

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  2. Segundo o plano de organização do Ensino–Aprendizagem da disciplina de Educação visual e Tecnológica no 2º ciclo, uma das finalidades é desenvolver a capacidade de comunicação. Tendo como objectivos gerais:
    Utilizar intencionalmente os elementos visuais e suas interacções, para o enriquecimento de expressão e da recepção de mensagens visuais.
    Interpretar e executar objectos de comunicação visual, utilizando diferentes sistemas de informação/representação.
    Ter em contas as informações dos outras quanto justificadas, numa atitude de construção de consenso como forma de aprendizagem em comum.
    Empregar adequadamente vocabulário específico.
    Segundo as indicações metodológicas específicas, o que deve caracterizar um regime de comunicação democrático é, essencialmente, a abertura aos outros. A expressão mais elevada da capacidade de comunicação reside, talvez, em ser capaz de construir consensos (o meu «senso» com o teu «senso»).

    Nota: Programa de evt 2º ciclo, aprovado pelo despacho nº 124/Me/91, de 31 de Julho, publicado no diário da Republica, 2º série, nº188, de 17 de Agosto



    “A comunicação é a base da sociedade” “comunicar é interagir com o mundo” são frases que exemplificam a verdade da comunicação. Para se tornar mais prático o homem aprendeu a comunicar por palavras, para se tornar mais próximo desenvolveu a comunicação pelo tacto e para se tornar mais rápido aprendeu a comunicar através de equipamentos utilizando hoje as novas tecnologias.
    Diz-se que o cheiro transmite emoções e nos transporta para ambientes e factos já vividos, cria-se assim uma comunicação sensitiva, mas de todos os tipos de comunicação, não podemos deixar de comentar a comunicação visual.

    “ a comunicação visual é um meio que permite ao emissor passar informações
    ao receptor, sendo condições fundamentais do seu funcionamento a exactidão
    das informações, a objectividade dos sinais, a condição unitária e ausência
    de falsas interpretações [...].” (Munari, Design e Comunicação Visual, contribuição para uma metodologia didáctica
    São Paulo Martins Fontes,1997)

    “Praticamente tudo o que os nossos olhos vêm é comunicação visual, uma nuvem, uma flor, um desenho técnico, um sapato, um panfleto, uma libélula, um telegrama (excluindo o conteúdo), uma bandeira. Imagens que, como todas as outras, têm um valor diferente segundo o contexto em que estão inseridas, dando informações diferentes.”
    Bruno Munari in Design e Comunicação Visual
    Comunicação Visual é tudo o que os olhos vêem, a apreensão desta espécie de comunicação está entre as aptidões fisiológicas de menor esforço por parte do ser humano. As pessoas estão tão habituadas ao apelo visual expresso em todos os ambientes que já não há interesse imediato por tudo o que é visto.
    Segundo Bruno Munari podem ocorrer dois tipos de comunicação visual, a causal e a intencional.
    “ A comunicação visual casual pode ser livremente interpretada por quem
    a recebe seja ela uma mensagem cientifica ou estética ou de outro tipo.
    Ao contrário a comunicação intencional deveria ser recebida na totalidade
    do significado pretendido pela intenção do emissor.” ( Munari, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997 )

    A comunicação visual casual ocorre quando, por exemplo, uma nuvem passa no céu, sem a intenção de nos alertar sobre a chegada de um temporal. Já a comunicação intencional é, pelo contrário, a série de nuvenzinhas de fumo que os índios fazem para comunicar, através de um código, uma informação precisa.

    Segundo [Dondis, 2000], “visualizar é ser capaz de formar imagens mentais”,
    “A visão é natural; criar e compreender mensagens visuais é natural até certo ponto, mas a eficácia, em ambos os níveis, só pode ser alcançada através do estudo”.

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  3. Munari defende ainda que:

    “A comunicação visual ocorre por meio de mensagens visuais que parte da grande família das mensagens que atingem os nossos sentidos: sonoros, térmicos, dinâmicos, etc.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)

    Partindo dessa premissa básica iniciam-se processos de transmissão da mensagem e os factores que influenciam a eficiência de compreensão daquilo que o emissor deseja fazer chegar conforme o seu objectivo ao receptor.

    “ Cada receptor, e cada um de modo diferente, possui algo que podemos definir como filtros, através dos quais a mensagem terá de passar para ser recebida.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)


    O autor assinala o grau de falibilidade da difusão da mensagem visual, subdividindo essas possibilidades de corrosão do intuito da mensagem em filtros: o sensorial (refere-se à capacidade perceptiva, afectada de forma mais representativa por factores físicos como pelo daltonismo), o operativo (ligado à experiência do receptor, características de sua formação ou idade, por exemplo.) e o cultural (relacionado ao repertório cultural de cada receptor). Além da influência e possibilidade de entrave de compreensão gerado por esses filtros, ainda há que considerar que a mensagem compreendida nem sempre gera a resposta almejada pelo emissor.
    (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68/69)



    Para compreender a comunicação visual há que compreender os elementos integrantes dessa categoria de mensagens e para isso a maioria dos autores propõe subdivisões.
    MUNARI , opta por dividir a mensagem em duas partes:
    “Como primeiro passo, podemos dividir a mensagem em duas partes: uma é a informação propriamente dita, transportada pela mensagem, e outra é o suporte visual. ….elementos que tornam visível a mensagem….textura, forma, estrutura módulo e movimento.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)


    a informação em essência que traz a mensagem e o suporte visual, este por sua vez é responsável por transformar a informação em estímulo visual compondo-se das partes analisáveis da comunicação (Textura, Forma, Modulo e Movimento), a partir dessas divisões e subclassificações é possível captar mais profundamente o intuito de peças que comuniquem visualmente, que usem tais conceitos para amparar suas criações e fazê-las acessíveis ao grande público e em graus mais apurados até conferir valores universais.


    DONDIS ( 2007) defende que a forma uma vez empregada comunica. Pois enuncia que a forma está no inicio no meio e no fim do processo de comunicação visual. A forma é a evolução da linha

    ARMHEIN, por sua vez defende que a cor é um importante diferencial na percepção visual. “ O efeito da cor é demasiadamente directo e espontâneo para ser apenas o produto de uma interpretação ligada

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  4. Munari defende ainda que:

    “A comunicação visual ocorre por meio de mensagens visuais que parte da grande família das mensagens que atingem os nossos sentidos: sonoros, térmicos, dinâmicos, etc.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)

    Partindo dessa premissa básica iniciam-se processos de transmissão da mensagem e os factores que influenciam a eficiência de compreensão daquilo que o emissor deseja fazer chegar conforme o seu objectivo ao receptor.

    “ Cada receptor, e cada um de modo diferente, possui algo que podemos definir como filtros, através dos quais a mensagem terá de passar para ser recebida.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)


    O autor assinala o grau de falibilidade da difusão da mensagem visual, subdividindo essas possibilidades de corrosão do intuito da mensagem em filtros: o sensorial (refere-se à capacidade perceptiva, afectada de forma mais representativa por factores físicos como pelo daltonismo), o operativo (ligado à experiência do receptor, características de sua formação ou idade, por exemplo.) e o cultural (relacionado ao repertório cultural de cada receptor). Além da influência e possibilidade de entrave de compreensão gerado por esses filtros, ainda há que considerar que a mensagem compreendida nem sempre gera a resposta almejada pelo emissor.
    (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68/69)



    Para compreender a comunicação visual há que compreender os elementos integrantes dessa categoria de mensagens e para isso a maioria dos autores propõe subdivisões.
    MUNARI , opta por dividir a mensagem em duas partes:
    “Como primeiro passo, podemos dividir a mensagem em duas partes: uma é a informação propriamente dita, transportada pela mensagem, e outra é o suporte visual. ….elementos que tornam visível a mensagem….textura, forma, estrutura módulo e movimento.” (MUNARI, Design e Comunicação Visual, Martins Fontes,1997, p.68)


    a informação em essência que traz a mensagem e o suporte visual, este por sua vez é responsável por transformar a informação em estímulo visual compondo-se das partes analisáveis da comunicação (Textura, Forma, Modulo e Movimento), a partir dessas divisões e subclassificações é possível captar mais profundamente o intuito de peças que comuniquem visualmente, que usem tais conceitos para amparar suas criações e fazê-las acessíveis ao grande público e em graus mais apurados até conferir valores universais.

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  5. Dentro do plano de organização do ensino-aprendizagem previsto na disciplina de Educação Visual e Tecnológica, existem vários objectivos a atingir, na interacção de professor/aluno dentro da sala de aula, dos quais foi escolhido um para revelar um pouco a sua definição e dos seus contextos em várias situações - desenvolver o sentido crítico - um objectivo de grande importância solicitado ao aluno, na execução dos seus projectos, na investigação e na análise e discussão de problemas inteligente e racionalmente, de forma inconformada (mas saudável), não aceitando as perspectivas pessoais e alheias como uma verdade absoluta, mas considerando-as como possíveis alternativas para a resolução dos problemas e obtenção de respostas positivas.

    A atitude crítica é também entendida como uma capacidade relacionada com o que o filósofo grego Aristóteles considerava de “ juízo” e defendia ser «uma das faculdades da alma, obra do pensamento e da sensação», portanto uma faculdade vinda do psíquico humano.
    Um indivíduo que contenha o seu sentido crítico apurado é aquele que ao desenvolver as teorias e conclusões, ao mesmo tempo capta as principais ideias de um determinado tema.

    O sentido crítico é resultado de um conjunto de elementos, nos quais o ser humano se desenvolve – a inteligência, a personalidade, o humor, diversas capacidades cognitivas e até experiências de vida - que por vezes são influenciados por questões culturais e sociais, pois quando se põe à prova o sentido crítico, deve-se ter em atenção a diversidade na interculturalidade e as diferenças sociais.

    As principais características detectadas num indivíduo dotado de sentido crítico são reveladas pela seguinte forma:

    - Pela alta capacidade para pensar criticamente e logicamente;
    - Uma consecutiva curiosidade intelectual;
    - Critica-se a si próprio e aos outros, de forma coerente;
    - Gosto pela investigação e por várias questões colocadas;
    - Fácil compreensão pelos princípios gerais de um determinado tema;
    - Não é propenso a aceitar afirmações, respostas e avaliações superficiais;
    - Revela habilidade na compreensão de estrutura de argumentos em linguagem natural;
    - Pela capacidade de fazer a distinção entre questões de facto, de valor e questões conceituais;
    - Pela aptidão de se incluir até ao interior de uma discussão ou debate;
    - Pelo sentido de humor bem apurado;
    - Pela plena humildade;
    - Pela abundância de inteligência “emocional”, ou seja, por uma atitude assertiva.

    Fonte de informação:
    http// www.academiadofuturo.com

    Tânia Oleirinha nº32853

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  6. A comunicação é a troca de informações entre indivíduos, é o primeiro acto social do Homem. A comunicação visual, teve início na pré-história quando o homem primitivo registou nas paredes das cavernas cenas de seu quotidiano. A comunicação visual é a troca de informações através de tudo aquilo que é visível. A visão é o sentido que mais relevância tem na comunicação visual.
    Segundo Dondis A. Dondis (Sintaxe da linguagem visual, p. 5) “Visualizar é ser capaz de formar imagens mentais. Lembramo-nos de um caminho que, nas ruas de uma cidade, nos leva a um determinado destino, e seguimos mentalmente uma rota que vai de um lugar a outro, verificando as pistas visuais, recusando o que não nos parece certo, voltando atrás, e fazemos tudo isso antes mesmo de iniciar o caminho. Tudo mentalmente. Porém, de um modo ainda mais misterioso e mágico, criamos a visão de uma coisa que nunca vimos antes.”
    Só existe comunicação visual após a experiência de percepção.

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  7. A percepção visual acontece quando existem os estímulos visuais e a descodificação da imagem ou a sua leitura, resultando de vários factores: o físico, a luz e os fenómenos da visão e por outro lado a capacidade de ver, através do conhecimento, ou seja a interpretação das imagens.
    Podemos dizer que consoante o observador, a percepção de uma determinada imagem pode variar. Rudolf Arnheim (, 1974:5) afirma que "toda percepção é também pensamento, todo processo de raciocínio é também intuitivo, toda observação é também invenção". Neste sentido podemos afirmar que o indivíduo (observador) é a chave da interpretação daquilo que é visível. Caso o observador não possua nenhuma limitação a nível físico, uma mesma imagem será visível da mesma maneira, quando vista por vários observadores. No entanto após o “digerir” da imagem, o resultado final daquilo que é visto poderá ser muito variável.

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  8. As Artes tiveram um papel importante ao longo da história da Humanidade no que diz respeito á comunicação por meio de imagens visuais.
    O artista quando cria a sua obra não se baseia somente no real, mas também no seu imaginário, no que se traduz na capacidade de criar “ imagens”. O receptor da obra de arte também ele, recorre ao seu imaginário para interpretar a obra. Deste modo desenvolve a capacidade perceptiva.
    No que diz respeito à educação, Barbosa (1995) diz que “na nossa vida diária, estamos rodeados por imagens impostas pela média, vendendo produtos, ideias, conceitos, comportamentos, slogans políticos, etc. Como resultado de nossa incapacidade de ler estas imagens, nós aprendemos por meio delas inconscientemente. A educação deveria prestar atenção no discurso visual.” É deste modo que a escola tem a obrigação de desenvolver o sentido crítico através da leitura atenta das imagens, por exemplo da leitura de obras de arte. Ensinado a gramática visual, é uma maneira de preparar os alunos para uma interpretação mais correcta de todo o tipo de imagem. De algum modo incentivando a consciência cultural do aluno.

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  9. Segundo Munari “Ci dobbiamo occupare dei bambini e dare loro la possibilità di formarsi una mentalità più elastica, più libera, meno bloccata, capace di decisioni. E direi, anche un metodo per affrontare la realtà, sia come desiderio di comprensione che di espressione. Quindi, a questo scopo, vanno studiati quegli strumenti che passano sotto forma di gioco ma che, in realtà, aiutano l'uomo a liberarsi”.
    Numa outra abordagem, mas de encontro à ideia de Barros e de Dondis, Munari reflecte sobre a importância da arte na educação das crianças. Afirmando que a arte tornará as crianças em adultos melhores, seres mais criativos e menos repetitivos. Que a Arte ensinada às crianças tornará um futuro melhor e por sua vez uma sociedade mellhor.

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  10. Fátima, não esqueça que no trabalho deve traduzir para português a citação e depois em nota de rodapé explicar que fez a tradução livremente (se for feita por si, caso seja por um tradutor deve indicá-lo; e tb acrescentar na língua original, aí sim, pode colocar a citação original). Continuação de bom trabalho. A docente.

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  11. Conceituação filosófica do sentido crítico

    O sentido crítico (através do termo da crítica) descende do grego crinein e significa separar, julgar. Este é considerado como uma acção do espírito que conserva aquilo que já se entende como uma afirmação e questiona a pretensão daquilo que ultrapassa os seus domínios, o desconhecido convida à sua descoberta, de certo modo duma forma crítica.
    A crítica em si afirma-se num “julgamento de mérito”, tanto pode ser um julgamento estético (na admiração de uma obra de arte), como pode ser lógico (contemplação dum raciocínio intelectual, de um conceito, duma teoria ou experimentação moral e duma conduta).
    Todo o julgamento de mérito resulta de uma acção da razão, é a faculdade de saber distinguir o que é verdadeiro e o que é falso, à semelhança da dinâmica de um tribunal, mas com a diferença de que este julgamento não tem por obrigação de ser feito por um elemento de estatuto superior (por exemplo um juiz ou um júri). Este julgamento também pode tornar como alvo a própria razão, dividindo o domínio onde a razão é exercida daquele em que a toma como absoluta, através do exercício da crítica da razão.
    A crítica é assim uma reacção/acção de espírito que põe sempre em dúvida algo antes de ter a certeza, sendo assim pertence à ordem da liberdade de espírito.

    Segundo Michel Foucault (O que é a crítica, em 1990): “… a crítica é o movimento pelo qual o sujeito se dá o direito de interrogar a verdade sobre seus efeito de poder e o poder sobre seus discursos de verdade; pois bem, a crítica será a arte da inservidão voluntária, aquela da indocilidade refletida. A crítica teria essencialmente por função o desenquadramento no jogo do que se poderia chamar, numa palavra, a política da verdade.”

    Também existe a teoria de Kant (séc. XVI): “…a crítica dirá, em suma, que está menos no que nós empreendemos (com mais ou menos coragem), do que na ideia que nós fazemos do nosso conhecimento e dos seus limites, que aí vai a nossa liberdade, que por consequência, ao invés de deixar dizer por um outro “obedecer”, é nesse momento, quando se terá feito do seu próprio conhecimento uma ideia justa, onde poderá descobrir o princípio da autonomia e que não se terá mais que escutar o “obedecer”; ou antes, que esse "obedecer" seja fundamentado pela mesma autonomia.”

    Fonte de informação: Espaço Michel Foucault, em www.filoesco.unb.br/foucault

    Tânia Oleirinha, nº 32853

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