Temas grupo 01

Os temas do grupo 01 envolvem: 

- Desenvolver a percepção;
- Desenvolver a sensibilidade estética;
- Desenvolver a criatividade.

Devem afixar aqui o vosso material (work in progress), resultante do trabalho continuado de análise sobre o caso de estudo que selecionaram.

42 comentários:

  1. Os conceitos sobre a "criatividade" estabelecem diferentes concepções, configurando a sua natureza interdisciplinar. Para tanto, o conceito de criatividade apresenta diferentes definições que são seus constitutivos, como o conceito de aptidão e de habilidade. Por exemplo “Torrance”, considera que a criatividade é um processo que torna alguém sensível aos problemas, deficiências ou lacunas nos conhecimentos, e leva a identificar dificuldades, procurar soluções, fazer especulações ou formular hipóteses, testar e retestar essas hipóteses, possivelmente modificando-as, e a comunicar os resultados (metodologia do projecto).
    Carina Azinheira nº 21657

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  2. Definição de metologia projectual:
    A metodologia progectual resume-se a um trabalho de projecto que se centra na investigação, análise e resolução de problemas. O termo projecto vem do latim "projectare" e significa "lançar para a frente, atirar". Projectar significa investigar um tema, um problema, uma situação com o objectivo de a conhecer e, apresentar interpretações e/ou soluções novas.
    A adopção do método projectual, tem como objectivo responder, com maior eficácia os problemas que surgem (necessidade, desejos, etc) ou que são detectados e realiza-se através de uma sucessão de acções, designadas etapas do projecto: problema; definição do problemas; componentes do problemas; ideia; recolha e análise de dados; criatividade; materiais(tecnologia; experimentação;modelo;verificação;desenho construtivo e solução.
    Para Bruno Munari, a série de operações do método projectual é feita de valores objectivos que se tornam instrumentos de trabalho nas m~ºaos do projectista criativo. São as etapas estabelecidas (componentes do problema,problema,ideia,recolha e análise de dados) num processo mental, faz crescer a criatividade, gradativamente.
    Bruno Munari (1998) na sua obra "das coisas nascem coisas", divide-a em questões da metodologia de projectos. Considera que , quando se formula algo, algo nasce, ou seja de objectos e de conhecimentos que já existem na mente humana consegue-se formar algo e muitas vezes este conhecimento colectivo leva a que as pessoas se movam sem que por vezes dêem conta de tal situação.
    Considera também que é necessário humanizar as coisas e não rotular a humanidade, pois o projectista deve considerar todos os seus sentidos de observador e transpondo assim a naturalidade apresentada pelas coisas, chamando assim a atenção para o modo como as pessoas são educadas pelo mundo em que vivem.
    Pasolini (1990) considera que a linguagem pedagógica das coisas, se faz em todo uma argumentação sobre a influência visual das coisas na formação das pessoas. Com as coisas aprende-se o autoritarismo e a repressão. Pois não há diálogo, e a relação é inarticuldada, fixa e incontestável.
    Sendo assim, Munari (1998) e Pasolini (1990) focam a necessidade de se transpor a "naturalidade apresentada pelas coisas.

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  3. Criatividade como etapa de projecto numa metodologia projectual:
    No tocante à criatividade, há pessoas que se sentem bloqueadas quando têm que seguir regras projectuais, optando por desenvolver produtos a partir da tentativa.
    O processo metodológico, porém facilita e reduz o tempo necessário para corrigir os "erros" que eventualmente se vão cometendo. A criatividade, não significa, desta forma, uma improvisação se método.
    Na investigação sobre a criatividade deparamos com uma variedade de teorias e modelos que explicam o pensamento criativo e os seus procedimentos mentais.
    As mais conhecidas são o conceito do "pensamento divergente" do americano J.P. Guilford, teoria decisiva na investigação da criatividade nos E.U nos anos 60 e 70, e a teoria do "pensamento lateral", desenvolvida por Edward Bono nos anos 70 e 80.

    Guilfor (anos 50), desenvolveu o conceito de "pensamento divergente" (p.d), uma forma de pensamento original para resolver problemas. Em oposição ao "pensamento convergente" (p.c), que é um pensamento lógico, racional e convencional, p.d é um pensamento mais impulsivo, emocional e expressivo, voltado para a produção de muitas ideias diferentes.

    Outra das teorias mais divulgadas sobre o pensamneto criativo é a teoria de Edward de Bono que dá continuidade à distinção de Guilford. De Bono define o pensamento criativo como um "pensamento lateral" (p.l) em oposição a um "pensamneto vertival" (p.v). Ele entende por p.v um pensamento lógico, matemático e selectivo que se dirige numa só direcção definida apriori. Enquanto que o p.v só processa informações relacionadas com um problema determinado, o p.l integra, nos seus procedimentos mentais, informações que pouco ou nada têm a ver com o problema em si.
    Trata-se de um pensamento criador que procura novas visões e possibilidades, que se move continuadamente, dando por vezes saltos, criando assim uma nova direcção: o pensamento como um processo de possibilidades em vez de um processo com um objectivo pré-definido.

    Embora a importância do p.d e p.l no processo criativo seja indiscutível, ambas as teorias omitem vários aspectos. Primeiro, excluem, por completo, o pensamento analítico - racional do processo criativo. Mas o pensamento racional - em oposição ao pensamento intuitivo ou irracional - é um instrumento imprescindível em qualquer acto de criação: existem sempre momentos de análise, de selecção e de avaliação.
    Nas várias etapas de qualquer criação são comparadas diferentes ideias e soluções, confirmadas as prioridades e avaliados os prós e os contras. Desta forma, a análise exige tanto um pensamento crítico e racional como um pensamento intuitivo e emocional.

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  4. Definição de Criatividade:
    A criatividade revela-se a partir de associações e combinações inovadoras de planos, certos modelos, sentimentos, experiências e fatos. Mas o que realmente funciona é propiciar oportunidades e incentivos para que as pessoas procurem novas experiências, testem novas hipóteses e , principalmente, estabeleçam novas formas de diálogos.
    Bruno Munari nas sua obra "fantasia" (2007), procura definir o modo como desenvolvemos a criatividade, a partir do que a fantasia constrói, e do que necessita a arte para ser arte. Este livro representa em si mesmo um excelente contributo e acréscimo à nossa base de trabalho criativo por todos os exemplos que Munari vais trabalhando e que desconstrói não apenas texto mas em imagens.

    Neste livro, podemos verificar que a partir de uma desconstrução do modo de funcionamento da inteligência integrado com a memória, se desenvolver um possível modelo explicativo do modo de criação artística.
    A base desta visão passa pelo modo como a inteligência funciona, segundo o modelo associativo de ideias que se socorre de uma base de dados (a memória) para inventar ou imaginar a fantasia. Sendo assim, o autor defende que quanto maior for esta base de dados,ou seja, quanto mais conhecimento diversificado se possuir, maior será a facilidade de desenvolver a criatividade.

    Um outro conceito sobre a criatividade, famoso por ser bastante difundido, caracterizou-se por associar o objectivo da arte, na escola, com o desenvolvimento da potencialidade criativa da criança, excluindo das demais "matérias", a responsabilidade pelo acto criativo intencional.

    Segundo Lowenfeld (1970, p.61)
    " A arte e capacidade criadora sempre estiveram intimamente ligadas. Durante anos, o programa artístico nas escolas públicas, tem sido o baluarte da criatividade e, com frequência, as experiências de arte e a actividade criador significam a mesma coisa. Entretanto, com o interesse crescente na criatividade e o grande número de pesquisas, nessa área, tornou-se muito claro que é possível ter um programa artístico nas escolas, o qual não seja, automaticamente de natureza criadora. A criatividade está se tornando uma preocupação vital para muitas pessoas: precisamos compreender o processo que envolve a evolução da capacidade do pensamento criador das crianças."
    Mas Guilforf (1977) afirma, simplesmente, que criatividade, num sentido restrito, diz respeito às habilidades, que são características dos indivíduos criadores, como fluência, flexibilidade, originalidade e pensamento divergente, relacionando o processo aos factores e variáveis isoladas e avaliadas. Enquanto Kneller (1973) pp.51) sobre o conceito de criatividade para Rogers, é a auto realização, motivada plea premência do individuo em realizar-se. A criatividade, diz Rogers (1973), tem certas condições interiores. Uma delas é, repetimos, "a abertura a experiência" ou a capacidade de responder a coisas, tais como são elas, em vez de o fazer mediante as categorias convencionais. Isso implica flexibilidade nas crenças da pessoa em suas percepções, bem como a tolerância em face da ambiguidade, sem forçar interpretações. E o Torrance (1965), considera a criatividade um processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e , finalmente, comunicar os resultados. E o Rhandall (2010) diz que a criatividade é maneira de se reinventar, sair do trivial, fazer algo diferente e nunca tentado. É a forma de criar algo inesperado para algo inesperado para algo que já existia ou não. É um estado de espírito novo e inusitado.

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  5. A origem da palavra criar e criatividade estão relacionadas com o termo criar, do latim “creare”, que significa dar existência, estabelecer relações até hoje não estabelecidas pela pessoa, mostrando determinados objectivos. A origem da palavra dá-nos a ideia de que a criatividade nos incentiva a realizar, agir e fazer.
    Nos dias de hoje, existem diversos conceitos sobre criatividade. Esses conceitos por muitas vezes completam-se, podendo compreender algumas diversidades dependendo da pesquisa e da área de estudo. A maioria dos estudos trata a criatividade como um conceito difícil, devido á diversidade de aspectos com que se apresenta. Marta Domingos, n.º29687

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  6. SERÁ QUE SE PODE ENSINAR/APRENDER A CRIATIVIDADE?

    É defendido por personalidades educativas (docentes, directores escolares), que o desenvolvimento do pensamento criativo será sempre uma das principais preocupações na educação, uma vez que o grau de criatividade é bastante variável, pois todas as pessoas podem ser criativas, ao seu nível cultural e educacional.
    Esta realidade está dependende do que se entende por criatividade. Para muitos, a criatividade é definida como uma actividade cognitiva, no qual o resultado é a inovação visual (visão) de um problema ou situação.
    Esta visão é directamente foacada para aspectos práticos do projecto, para a resolução de problemas e para o surgimento das soluções. É neste sentido, que é possível treinar as pessoas, na adopção de estratégias de raciocínio mais flexíveis e na prática de técnicas que valorizem as suas potencialidades cognitivas.
    As primeiras análises cognitivas da criatividade foram feitas por Helmholtz e Poincaré, nos finais do século XIX e início do século XX. Segundo os autores, o pensamento criativo produz-se numa série de etápas: preparação, incubação, iluminação, verificação. Este entendimento é muito seguido na actualidade, sobre os processos cognitivos dentro do pensamento criativos. Graham Wallas foi o primeiro a publicar este paradigma, na obra "The Art of Thought", em 1926.

    Este grau de desenvolvimento criativo também poderá estar condicionado pela a inteligência, há uma relação poderosa (mas não obrigatória) entre a inteligência e a criatividade (Butcher, 1968), mas comparativamente, segundo Money (grande especialista na criatividade artística): "A criatividade é vista com um papel importante na solução de problemas, por vezes superior ao da inteligência", ou seja, a criatividade chega a sobrepôr-se à inteligência.

    Um outro aspecto comum bastante característico dos "criativos" que mais se destaca é a capacidade de trabalho, pois a motivação, empenho e dedicação na resolução de problemas é o grande motor da criatividade.

    Analogias:
    - A análise e a pesquisa do existente é de certa forma uma fonte inesgotável, para a criatividade; contornar a forma como os problemas feitos anteriormente se resolveram é uma metologia bastante útil, afim de abranger a criatividade; investigar a vida dos criativos mais admiráveis, descobrir-se-á a grandiocidade da sua cultura; adquirir o máximo de conhecimento numa determinada área pretendida, irá potenciar a vossa qualidade pessoal criativa.

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  7. O SER "CRIATIVO"

    A criatividade é uma propriedade característica dos seres humanos, que se substituiu por um valor de câmbio importante nas sociedades ocidentais.
    Ser "criativo" não é apenas sinónimo de ser original, mas actualmente é uma ocupação de prestígio na nossa sociedade.
    A criatividade tem sido considerada uma característica dos indivíduos explicativa de muitos fenómenos da variedade no rendimento, onde a sua justificação não é tão nítida e clara como a inteligência e, neste sentido, a criatividade é entendida como uma alternativa, para compreender o rendimento humano.
    As considerações que já foram feitas relativamente à criatividade, têm sido fundamentadas na ideia de que esta é uma propriedade muito escassa e rara na população em geral.
    Existem características bastante identificativas dos indivíduos criativos:

    - Ausência de convencionalismos (pouco ortodoxo, ser livre);

    - Integração (ser capaz de integrar informações distintas e de relacionar ideias díspares ou teorias não relacionadas);

    - Gosto estético e imaginação (admiração por expressões artísticas, ter "bom gosto");
    - Flexibilidade e Decisão (capacidade de mudar de direcção);

    - Perspicácia (saber estar, conhecer as normas sociais de relação);

    - Motivação e Interesse pelo reconhecimento dos outros (ter objectivos claras).

    Ter criatividade no modo de viver, significa viver em constante renovação. O processo criativo é orgânico, variando todas os pensamentos actividades. Viver com criatividade é algo que dura para sempre.
    Na dedicação duma vida criativa, está sempre presente o compromisso do crescimento do "eu criativo" e a sua recompensa é a liberdade de expectativas (Ealy, 1996).

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  8. CRIATIVIDADE E ARTE

    Grande parte das vezes, o ser "criativo" e aer "artístico" é muito submergido pelo Senso Comum (habilidades artísticas, musicais, poéticas, literárias, dramáticas ou coreográficas).
    Um artista é indiscutivelmente criativo, embora haja uma infinidade de maneiras de ser criativo, que não têm a obrigatoriedade de serem artísticas.
    Definitivamente, ser criativo é um estado mental e um modo de vida que se aplica a todas as actividades pessoais. Tal como o escritor Eric Gill expressa:
    "O artista não é um tipo diferente de pessoa, mas cada um de nós é um tipo diferente de artista", ou seja, o artista expressa a sua arte, tal como cada um expressa a sua criatividade nas suas actividades, afim de atingir o seu livre objectivo e intenção.

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  9. A todos os alunos:
    Aceitei a publicação de todos os comentários, de modo a permitir o iniciar o processo de partilha, previsto na metodologia da UC.
    No entanto, não esqueçam de inserir (nos próximos contributos) a data correspondente ao que citam, pois isso dá indicação para a referência bibliográfica. A par disso, devem acrescentar a Bibliografia (doutra forma, as referências aos autores e data durante o texto têm muito menos validade).

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  10. O exercício mental é uma das condições básicas para se ter criatividade, quanto mais usamos a mente, mais estaremos aptos a ter boas ideias, se escrevemos diariamente, sem dúvida com o tempo, poderemos criar nossos próprios textos.

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  11. Existem pessoas inteligentes e pessoas criativas, a pessoa criativa é também inteligente, mas a pessoa inteligente nem sempre é criativa, a inteligência é a capacidade de armazenar e utilizar um grande volume de dados. A criatividade é a faculdade de combinar estes dados para criar algo novo e útil. É pelo prazer de pensar que algumas pessoas desenvolvem a sua criatividade, isso explica porque umas são criativas e outras não.

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  12. Criatividade na Educação
    Na área da educação, a criatividade é confrontada com a produção de conhecimento, cabendo às escolas garantir as condições necessárias para que os alunos possam criar. É um processo intuitivo, uma capacidade que pode ser aprendida, deste modo a criatividade, está relacionada ao ensino e á aprendizagem. Para Torrance (1963), não restam dúvidas, de que os alunos preferem aprender de forma criativa, explorando, manipulando, questionando, experimentando, testando e modificando ideias.. Para o psicólogo, Csikszentmihalyi (1999), a criatividade não é encontrada dentro dos indivíduos, mas na articulação de aspectos referentes ao campo social, à área de conhecimento e ao background do indivíduo que organiza as informações. Neste sentido, averiguar “o que é a criatividade” especificamente se torna antiquado, sendo mais interessante investigar outros aspectos como “onde está a criatividade”, ou “como melhor desenvolve la”, ou ainda “que elementos constituem barreiras à sua expressão”.
    Alencar (2003) lembra que a expressão criativa não depende apenas das características individuais. O ambiente e o contexto sócio-histórico-cultural têm um papel fundamental na estimulação ou inibição do potencial criador de qualquer pessoa, pois somos seres sociais, influenciamos a cultura e o momento histórico e somos influenciados por eles.
    Assim, os vários autores, nas suas investigações passaram a dar mais importância às condições que favorecem o desenvolvimento da criatividade no ambiente educativo.
    De todos os fatores e ambientes sociais, a escola é o mais influente. A escola pode estimular a criatividade se promover uma aprendizagem construtiva, cooperativa e significativa; se utilizar critérios que valorizem a expressividade e originalidade; se recorrer ao conhecimento dos diversos domínios; se utilizar os processos de memorização como meio e não como fim; se valorizar a compreensão; se aplicar e combinar métodos criativos.

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  13. A criatividade é algo que é dificil de definir. é a capacidade de analisar a realidade de forma diferente da maioria das pessoas; é a capacidade de apresentar, construir algo diferente daquilo que são as normas estabelecidas.
    Nascemos com criatividade para determinadas áreas, uns mais outros menos, uns mais multifacetados, outros menos.

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  14. As pessoas bem sucedidas, são aquelas que tem deias brilhantes e produtivas. Para ter sucesso, não basta ter boa instrução, ser caprichoso e inventivo, é presico ser criativo, ter vontade de criar, ter inteligência e imaginação fertil, aí está toda a diferença.
    "A criatividade tira a pessoa do rol das mediocres"( Geraldo de Azevedo). Uma pessoa observadora e critica estará apta para se desenvolver com uma pessoa criativa. Por trás da maioria das histórias de sucesso encontram-se pessoas criativas que já tiveram ideias brilhantes, mas antes de tudo é preciso que estejam num ambiente que lhes dê condições e hipóteses de criar. Uma pessoa quase nada criará se viver diariamente num ambiente vazio e ocioso, não significando que uma pessoa isolada e ociosa não seja criativa mas quanto mais recursos ela tiver à sua volta, mais hipóteses de criar ela terá.

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  15. A Criatividade mudou a face do mundo, melhorando a produtividade e o conforto da humanidade. Muitas vezes uma pequena ideia criativa quase insignificante é constantemente aperfeiçoada por outras ideias criativas, gerando uma grande invenção, como por exemplo o computador, que começou com um aglomerado monstruoso que queimava de cinco em cinco minutos. O exercicio mental é uma das condições básicas para ter criatividade, quanto mais usarmos a mente, mais estaremos aptos a ter boas ideias. Se escrevermos diariamente, sem dúvida com o tempo, poderemos criar os nossos próprios textos.

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  16. Trabalho sobre o casal Eames no tema “desenvolver a criatividade”

    O trabalho irá falar sobre os Eames no seu tempo, ou seja, se o falto de estarem situados cronologicamente num período conturbado da história, assim sendo, entre a primeira e a segundas Guerra Mundial e no pós-guerra, o maior momento expansão a vários níveis quer civilizacional, artístico, com a introdução de novas áreas artísticas (o cinema), de inovação a nível do design, pois de certa forma fazia parte do desenvolvimento, entre outras mudanças mundial.

    A questão então será a seguinte: terá o contexto época a nível civilizacional e a nível artístico na forma generalizada tido influencia na criatividade do casal…

    Por outro lado esta resposta, de certa forma óbvia, leva a uma questão mais actual sobre a forma de promoção do sentido criativo na educação de hoje…
    Pois surgem duas vertentes de métodos educacionais: o da pura liberdade criativa e o que esta limitado por bases de conhecimento e de técnicas actualmente utilizado de uma forma “camuflada”.

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  17. Inicialmente comecei por definir o problema, separando-o por partes:
    - DESENVOLVER A CRIATIVIDADE -
    Desenvolver:
    - verbo regular;
    - aumentar;
    - fazer evoluir;
    - fazer crescer;
    - progredir;
    - expor um assunto com minuncia;
    - melhorar algo;

    Criatividade:
    - tipos de criatividade;
    - Antigamente criatividade era visto como um dom da natureza humana;
    - Existem várias definições para criatividade;
    - "criar só é possível quando o cérebro detém uma grandiosa e alargada variedade de conhecimentos" (Alencar, 2001);
    - "a criatividade representa a emergência de algo único e original" (Anderson,1965).

    Marisa Serafim nº 32041

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  18. Afinal de contas, o que é "criatividade"?
    Não há um consenso sobre este conceito, apenas uma imensidão de divergências de opiniões e teorias. Não existe uma concordância se a criatividade seria um aspecto distinto da inteligência ou uma faceta desta não explorada. Há ainda a questão da relatividade. O que é criativo hoje pode
    não o ser em outro momento. Também diferentes níveis de criatividade têm sido apontados, discriminando-os como mais ou menos elevados.
    Um dos pontos que parecem ser comuns à maioria das teorias é o fato de que a criatividade "implica a emergência de um produto novo, seja uma idéia ou invenção original, seja a reelaboração e aperfeiçoamento de produtos ou idéias já existentes.
    Também presente em muitas das definições propostas é o fator relevância, ou seja, não basta que a resposta seja nova; é também necessário que ela seja apropriada a uma dada situação." (ALENCAR, Eunice M. L. Soriano. Criatividade. p. 15).

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  19. 1.2 Avaliação da criatividade
    A aproximação conceptual ao fenómeno da criatividade é complexa e, por isso, a necessidade de utilizar um significado operacional mais concreto adquire maior importância. Uma das melhores formas de tratar o fenómeno da criatividade, de um ponto de vista diferencial, é conhecer o modo de avaliar e medir esta característica. A inexistência de uma definição conceptual única de criatividade dá muito valor a uma definição operacional da mesma. Qualquer definição operacional é acompanhada da descrição dos procedimentos ou métodos de medida. Como veremos, também, a avaliação da criatividade tem certos elementos particulares provenientes das próprias características do fenómeno.
    A Sociedade determina o que pode receber a classificação de “criativo” de muitas maneiras diferentes e que, em última instância, se limita a juízos de especialistas (críticos de arte, académicos, cientistas, entre outros). Em geral, e transcendendo a importância social destes juízos, parece que há um consenso em admitir que para identificar uma actividade como criativa, esta tem de possuir três propriedades: ser original ou novo, ser útil ou interessante e reflectir a marca do seu criador. Estas características podem-se aplicar a numerosas descobertas, obras de arte ou de engenharia, assim como a muitos engenhos inventados pelos seres humanos. Este exercício dar-nos á a ideia de qual é o fenómeno que faz referência a criatividade. É óbvio que, no âmbito psicológico, as diferenças individuais são mais notáveis e, por isso mesmo, interessa-nos descrever estas diferenças com base nos atributos do indivíduo ou num conjunto de elementos tal como a situação, a aprendizagem, o azar, a mestria e uma combinação de todos.

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  20. 3.2. Áreas de Criatividade
    Há diversas formas de exercer a nossa criatividade. Vejamos o exemplo do vendedor, que quer vender mais do que os seus concorrentes, tem de ser criativo na proposta de venda que faz e usar a imaginação para conseguir que o cliente faça a encomenda. Também, no domínio da habitação, os compradores de casas e os seus corretores exercem a sua criatividade ao encontrar novas maneiras de financiar uma hipoteca.
    Quando uma pessoa prepara uma receita ou quando dança, no seu estilo único, está a ser criativa. Da mesma forma, quando estimula o pensamento original nos outros ou faz os amigos rir com a sua marca pessoal de humor.
    Viver a vida de forma criativa significa trazer a nossa perspectiva e os nossos talentos criativos singulares a todas as dimensões da vida. A criatividade não é um elemento adicional, algo extra para o qual é necessário encontrar-se tempo na vida ocupada. A criatividade é, em vez disso, uma maneira de realizar o que já fazemos de uma forma melhor, mais rica e mais produtiva. “É incorporada imperceptivelmente à sua vida; não é um enfeite usado para decorar” (Chaffee, 2000, p. 78).
    Na verdade, exprimimos criatividade todos os dias, desde o momento em que acordamos até àquele em que adormecemos. Alguns autores defendem que até os sonhos são uma expressão da criatividade em acção (Gamez, 1996).
    Neste âmbito, Gamez, em 1996, propôs o seguinte:
    Olhe à sua volta. As oportunidades para exprimir a sua originalidade estão por todo o lado. Use a sua criatividade para melhorar a sua família, o seu bairro, o seu país.
    Convide os outros a aperceber-se dos seus respectivos potenciais criativos. Encoraje-os a usar as suas imaginações e a procurar novas maneiras de fazer as coisas. Nós precisamos de um fluxo contínuo de novas ideias e perspectivas para nos conduzir através dos complicados problemas que o mundo enfrenta hoje. (p.208)

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  21. 4. CRIATIVIDADE, INTELIGÊNCIA E PERSONALIDADE
    Já que descrevemos, atrás, a criatividade relacionando-a com o rendimento em tarefas, a maior parte das vezes tarefas de resolução de problemas, não é de admirar que a tenhamos associado, muito estreitamente, à inteligência e a processos cognitivos, na qual se apoia. Contudo, desde os primeiros estudos de Guilford, sabe-se que a criatividade mantém relações próximas com outras instâncias não cognitivas da personalidade humana. De facto, a criatividade relaciona-se com a inteligência e com a complexa rede de determinantes temperamentais, atitudinais e motivacionais, que configuram a personalidade humana.
    Na actualidade, há duas posições relativamente às relações entre criatividade e inteligência.
    Numa delas, temos os defensores de que a criatividade tem uma estreita relação com a inteligência, a tal ponto que, como defendem os factorialistas britânicos Burt e Vernon, para poder realizar uma obra criativa temos de dispor de um nível intelectual elevado. Na outra, estão os que sugerem que a inteligência e a criatividade são aptidões independentes.
    Presentemente, conhecem-se duas teorias acerca do “porquê das relações entre a inteligência e a criatividade”, avaliadas através de procedimentos psicométricos. Habitualmente, as correlações entre inteligência e criatividade são baixas. A primeira é denominada “Teoria do limiar”, proposta por Guilford (1967) e assegura que o QI dos indivíduos funciona como um limiar comparativamente à criatividade. Existe um nível, que se situa sensivelmente nos 120 de QI, a partir do qual as pessoas que o superam têm praticamente garantido o seu êxito em qualquer tarefa criativa. No entanto, as diferenças acima dos 120 em inteligência não asseguram diferenças no rendimento criativo. Assim, ao analisar as relações entre criatividade em diferentes tipos de amostras, encontra-se um padrão distinto destas. As correlações de inteligência e criatividade entre profissionais (arquitectos, artistas) de êxito, que têm habitualmente um nível elevado de inteligência, não são usualmente significativas, ao passo que ao estudar as correlações em populações mais variadas, como sujeitos com os primeiros níveis de escolaridade, observa-se, de facto, esta correlação.

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  22. 5. CRIATIVIDADE E GENIALIDADE
    A genialidade partilha muitos elementos com a criatividade e, assim sendo, Eysenck (1995) propôs um modelo da criatividade relacionada com uma dimensão do temperamento denominada pelo autor de Psicoticismo. Este modelo foi descrito exaustivamente na obra Genius: a natural history of creativity e representa uma síntese histórica e compilação de resultados empíricos, que determina o lugar que deve ocupar a criatividade, no campo das capacidades da personalidade e da psicopatologia, daí a sua relação com a genialidade e sobredotação. O ponto de partida deste modelo é a semelhança aparente entre genialidade e criatividade. O estudo da excepcionalidade tem sido pouco intenso, no contexto da Psicologia das diferenças individuais, talvez devido à raridade ou infrequência do fenómeno. Com os estudiosos da genialidade e da criatividade, passasse o mesmo do que com os geólogos e meteorologistas, que se dedicam à investigação dos tornados, ciclones, erupções vulcânicas, fenómenos importantes, contudo escassos e imprevisíveis.
    Este panorama tende a mudar, ainda que lentamente, já que o desenvolvimento social das sociedades ocidentais se baseia nos avanços tecnológicos. Cada vez mais, o mundo real que rodeia os cidadãos está mais repleto de computadores, instrumentos técnicos e máquinas, cujo manejo necessita de um nível intelectual e capacidades cada vez maiores. Quando parece que o desenvolvimento tecnológico é interminável, mais claro está o facto das capacidades intelectuais se converterem num valor individual e social incalculável. Para muitos economistas e politólogos, que planificam o futuro, a inteligência é, cada vez mais, um importante valor em ascensão.
    Se a criatividade se distribui como um traço, isto é, de forma normal entre todas as pessoas, porque é que a distribuição do rendimento criativo demonstra que apenas poucas pessoas são responsáveis pela maioria dos produtos e rendimentos criativos? É necessário particularizar a distinção entre aptidão (traço) e rendimento. Uma ideia, um comportamento ou um produto podem ser originais e criativos, contudo pertencem ao âmbito dos rendimentos (produtos), não sendo uma disposição. A criatividade entendida como um traço está identificada com a tendência para a originalidade (Eysenck, 1995). A originalidade de um produto, por si só, não é suficiente para garantir a criatividade.

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  23. 8. PROCESSOS DE INTERFERÊNCIA NA CRIATIVIDADE
    Ao longo deste trabalho, abordámos o processo criativo nas suas várias dimensões, não integralmente, visto ser uma área complexa, ainda com muito para analisar. Porém, nesta parte, vamos dedicar-nos aos processos de interferência na criatividade, como é o caso da “voz crítica”, que pode fazer com que o sujeito iniba a sua vontade de criar, e a interrupção da criatividade, com os chamados “bloqueios”.

    8.1. A “Voz Crítica”
    A maior ameaça à criatividade reside no próprio sujeito, a negativa “Voz Crítica”-VC (Ray&Myers, s.d.). A VC pode enfraquecer a confiança do sujeito em todos os aspectos da vida, inclusive actividades criativas, com declarações do tipo (Chaffee, 2000, p. 99):
    _ “Esta ideia é fraca e ninguém vai gostar dela”;
    _ “Mesmo que eu persiga esta ideia, provavelmente não vai dar em nada”;
    • “Apesar de me ter dado bem, da última vez em que tentei algo assim, foi sorte e nunca serei capaz de repetir”.
    Este tipo de afirmações fazem com que o sujeito duvide da qualidade do seu pensamento criativo. As auto avaliações negativas são comuns e representam um impacto debilitante na auto-estima (Chaffee, 2000). À medida que vai perdendo a auto-confiança, o sujeito torna-se mais tímido, relutante em seguir as suas ideias e apresentá-las aos outros. Após algum tempo, a insegurança acumulada desencoraja-o até a formular ideias e o sujeito pode acabar por, simplesmente, se conformar a padrões de pensamento estabelecidos e às expectativas dos outros.
    A origem das vozes negativas (pensamentos automáticos negativos) está, muitas vezes, nas críticas negativas que o sujeito sofreu durante a fase de crescimento, as quais são destrutivas e se internalizaram, como fazendo parte do sujeito. Da mesma forma que elogiar crianças as torna confiantes e seguras, a crítica negativa constante tem o efeito oposto.
    Como eliminar a indesejada e destrutiva voz interior? Há várias estratégias eficientes, que podem ser usadas, embora o sujeito tenha de ter presente que será necessário um elevado nível de esforço (Chaffee, 2000). Assim, o sujeito deve ter consciência da VC, analisando as mensagens negativas para tentar entender como e porque é que se desenvolveram, escrevendo-as num bloco ao longo do dia e, à noite, classificá-las por categorias (e.g. críticas sobre a aparência física, popularidade com os outros) e tenta determinar a origem e o seu desenvolvimento. Pode, também, reformular a crítica de forma mais precisa ou mais construtiva, isto é, interpretar a realidade com maior precisão, exemplificando, se um indivíduo não conseguir alcançar uma promoção no emprego, não deve pensar que é um fracasso, mas sim colocar-se a seguinte questão: “Se não tive sucesso desta vez, como posso melhorar o meu desempenho futuro?”. É, igualmente, importante que crie críticas positivas e visualizações positivas, ou seja, a melhor forma de acabar com a VC é substituí-la por um incentivo positivo. Ao “ver-se” a ser bem sucedido, o sujeito possui uma imagem positiva que se vai tornando parte natural do seu pensamento. E como pensamentos positivos levam a resultados positivos, o esforço surte o efeito desejado. Há, ainda, uma técnica, que consiste em usar as outras pessoas para obter confirmação independente. Partilhar a VC com sujeitos próximos é uma estratégia eficaz, pois eles podem fornecer uma perspectiva objectiva, que revela ao sujeito a irracionalidade e o poder destrutivo das suas críticas negativas. É um “teste da realidade”, que retira o poder das críticas, processo reforçado pelo apoio positivo dos amigos preocupados.

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  24. 8.2. O Bloqueio
    Os bloqueios são considerados uma parte natural e, por conseguinte, inevitável do processo criativo (Ealy, 1996). Muitas pessoas mantêm ideias paralisantes acerca dos bloqueios, como se o fenómeno tivesse algum poder sobre o processo criativo e o criador. É essencial ter em conta que os bloqueios não são parte intrínseca do processo criativo e, em princípio, podem ser interrompidos ou mesmo evitados. Deste modo, qualquer coisa que iniba ou interrompa o fluxo natural da criatividade pode ser chamada de bloqueio (Ealy, 1996).
    Os obstáculos ocorrem por diferentes razões e em vários níveis no processo criativo. Quando enfrentamos os bloqueios, tentamos restabelecer o nosso fluxo de energia criativa. Quanto mais experimentarmos a nossa criatividade e quanto mais confiarmos no nosso processo, menos problemas teremos com os bloqueios. À medida que se vão conhecendo os “eus criativos”, os sujeitos vão percebendo como permitem ficar bloqueados. E, com base nesse conhecimento, podem descobrir como vencer o bloqueio. Geralmente, encontram-se mais bloqueios quando se está a desenvolver a criatividade, do que após anos de trabalho criativo. Ealy (1996) descobriu uma diferença característica entre as pessoas que têm feito um uso extensivo da sua criatividade e as que têm menos experiência. As primeiras concordam que, grande parte dos seus bloqueios, ocorre quando procrastinam (adiam), precisando apenas de exercitar a autodisciplina. Os criadores menos experientes deparam-se com uma série de bloqueios e têm de aprender um número maior de técnicas para os enfrentar.
    Quanto mais claro for o nosso relacionamento com a criatividade, menor será a probabilidade de encontrar interrupções no processo. Ao permitir que a energia do processo criativo (a nossa paixão) tenha um lugar predominante, ter-se-á acesso à motivação para realizar trabalhos criativos, que ocorre naturalmente. Essa força derrota os bloqueios, tornando possível ser-se criativo.

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  25. O que é a criatividade?
    Por que é tão importante? Será que todos nós somos criativos? É algo que se aprende?
    A Criatividade é, de uma forma geral, o oposto de imitação. No geral, as pessoas aplicam a palavra indiscriminadamente para uma série de fins, desde a criação de trabalhos artesanais, poesias, trabalhos de design, descobertas no mundo das ciências e da matemática, entre outros. O seu conceito, seja entre psicólogos, educadores, filósofos ou mesmo outros profissionais, é complexo, provavelmente, porque a noção de criatividade abrange um conjunto de fronteiras incertas.
    Geralmente, tem-se a ideia de que criatividade é uma qualidade que algumas pessoas possuem e que as pessoas comuns não.
    Parece ser consensual o interesse que o estudo da criatividade assume hoje em dia, numa actualidade onde se impõe a necessidade de um pensamento descontínuo, inovador e divergente. Esse interesse surge tanto a nível individual como social, em diversos contextos como o tecnológico, o educacional, o empresarial, ou o desenvolvimento pessoal. Todavia, a criatividade surge como um conceito complexo e multifacetado (Morais, 2001).

    Tatiana Bárbara nº43293

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  26. Existem várias metodologias e teorias sobre o processo criativo e os procedimentos mentais: durante a investigação da criatividade realizada por Gilford nos anos 60/70, defende que a criatividade deveria ser original, fluida e flexível, surge então o pensamento divergente: é a habilidade para gerar ideias e resolver algo de forma criativa, desde as soluções práticas do dia-a-dia, como as mais elaboradas no meio artístico, politico, entre outros. Trata-se de um processo mental cujo objectivo é achar o maior número possível de soluções para um problema, isto requer que se busquem ideias em vários campos e disciplinas.

    Em oposto, surge o pensamento convergente: o pensamento lógico, convencional, impulsivo e direccionado á objectividade, que consiste em encontrar varias soluções e então escolher a mais eficaz como resposta ao problema.
    Em oposição á teoria anterior Bono (1971), divulga o pensamento lateral: pode ser definido como heurística, uma outra forma de raciocinar e solucionar problemas, é um processo de informações mentais, baseado na abstracção, criatividade, imaginação e sensibilidade, que faz suposições, muda as perspectivas, as percepções, os conceitos e as direcções, ou seja, um processo de possibilidades, de visão de outros ângulos que fazem trabalhar fluidamente o motor da criatividade, necessário para desenvolver e gerar novas ideias. O pensamento vertical surge então oposto ao lateral, pois trata de dar resposta ao problema seguindo um processo rígido de objectivos pré-definidos, seguindo uma forma lógica de pensar, matemática, selectiva e direccionada, processando somente informações relacionadas com o problema.
    Sintetizando: o acto criativo não prescindirá da intuição e da irracionalidade, mesmo os pensamentos convergente e vertical necessitaram destes elementos ao obedecerem aos processos metodológicos regrados e analíticos que tornam o processo criativo racional. Tal forma de pensar é excluída pelos pensamentos divergente e lateral que sem dúvida privilegiam á intuição e irracionalidade, embora também estes sejam sujeitos a análise, selecção e avaliação da metodologia dita “racional”.

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  27. Os bloqueios são os obstáculos mentais que impedem a interpretação do problema ou a concepção da solução, provocados pelos medos, frustrações, ansiedades, imposições sociais, familiares, colegas, professores ou superiores, pois somos influenciados pelo meio em que vivemos e por experiencias e emoções.
    Os bloqueios dividem-se em categorias: bloqueios culturais, aqueles que são gerados pela sociedade, cultura ou grupo que se está inserido; os ambientais e organizacionais, são os resultantes das condições laborais, como o ambiente opressivo ou falta de condições; os intelectuais e de comunicação é a inabilidade de formular e expressar com clareza problemas e ideias, provocados pela falta de informação/conhecimento ou interpretadas de forma incorrecta; os de ordem emocional, resultantes do desconforto de explorar ou comunicar ideias pelo receio de falhar ou negativismo menosprezar-se a si mesmo; por fim o bloqueio da decepção, impedimento/limitação de perceber claramente informações do problema ou úteis a resolução, dificuldades de analise de varias perspectivas e a visão estereotipada.
    Uma forma ultrapassar estas limitações mentais que levam a falta de criatividade é exactamente detectando que os bloqueios existem, ter consciência e procurando mudar os factores inibidores.

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  28. "A criatividade é vista com um papel importante na solução de problemas, por vezes superior ao da inteligência" (Money, 1971)
    Nos dias de hoje, a sociedade é cada vez mais competitiva existe necessidade de diferenciar indivíduos e uma forma de superação perante os demais, será a criatividade, uma característica/aptidão humana bastante valorizada, pois é mais uma explicação do rendimento humano a juntar á inteligência, pois um produto não rentável só pela originalidade, terá também de obedecer ao critério da utilidade.

    Esta valorização poderá ter surgido, por teorias que sugerem que a criatividade pode estar a sofrer uma crise provocada pelo facilitismo proporcionado á sociedade consumista de produtos prontos, pensados e induzidos, demonstra-se assim a falta de sentido crítico. Noutro ponto de vista surge a teoria de que os avanços tecnológicos entre outras evoluções aos vários níveis, para os quais uso da inteligência é indispensável, são consequência da globalização é a prova que o mundo se move hoje a luz da criatividade.

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  29. É chegado o momento em que a definição já não é tão importante pois continua a ser difícil uma definição, tenta então criar-se um significado/definição operacional, ou seja, as características, para que serve, como trata-la, como desenvolve-la, como diferencia-la, avalia-la e medi-la; para tal é necessário que esta tenha a descrição dos parâmetros, procedimentos, métodos de medida ou objectivos a seguir para alcançar um determinado objectivo.
    Quem faz a classificação/avaliação da criatividade num indivíduo é a sociedade ou em casos de áreas específicas os cientistas ou especialistas de a arte, politica, ciência, entre outras, este juízo é feito na obediência a regras: ser original (novas ideias), ser útil ou interessante. "um produto ou resposta serão julgados como criativos na extensão em que a) são novos e apropriados, úteis ou de valor para uma tarefa e b) a tarefa é heurística e não algorística" (Amabile, 1983)
    Estudos realizados nas áreas da psicologia em relação a criatividade, pensamento e dinâmica, com amostras de sujeitos distintos ao longo da história em várias áreas, artistas, cientistas, cantores e músicos, etc., baseado nas biografias dos “génio”, encontram dois caminhos distintos: disposição comum a todos os indivíduos muito próxima da inteligência, associada ao rendimento cognitivo e a actuação combinada das aptidões e traços de temperamento, carácter e motivação.

    Autores dos testes, entre outros são: Gilford, Torrence, Chaffee realizaram testes avaliativos semelhantes ao teste de inteligência, pois baseiam-se numa serie de perguntas, a diferença está na análise das respostas e na forma de examina-las, também não existem respostas incorrectas e normalmente a analise está sujeita aos critérios do autor, no entanto pela complexidade do fenómeno será difícil de obter um critério único e indiscutível para medir a produção, originalidade, flexibilidade, variedade e espontaneidade, criando dificuldade em objectivar a resposta pretendida ou compara-las com um modelo, poderá então ser feita mediante juízo de especialistas.
    A nível educacional também foram realizados testes com autores como Torrence, novamente, cujo teste consistem na apresentação de objectos, nos quais os indivíduos em estudo deveram sugerir formas de melhorar o produto, os resultados seriam a medição elementos como as ideias novas (fluidez), pouco usuais (originalidade) e a variedade das categorias (flexibilidade).
    Getzels & Jackson, fizeram as suas avaliações baseadas em testes de jogos de palavras. Medenick (1962) fez os testes de Associações Remotas, seria medido através da originalidade dessas associações; E Wallach e Kogan (1962) os Reconhecimentos de Padrões geométricos em serie.

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  30. A capacidade de solucionar problemas e a capacidade criativa são partes de um sistema integrado, tornando possível desenvolver a capacidade criativa na resolução de problemas, como explica a obra "das coisas nascem coisas", de Bruno Munari (1998) onde expõe a metodologia projectual, criar ou recriar através do método de resolução de problemas, seguindo uma sucessão de acções, ou seja, as etapas do projecto: - definição de problema – componentes do problema – ideia – recolha e análise de dados – criatividade – escolha de matérias e técnicas – experimentação – modelo – verificação – desenho reconstrutivo – solução.
    É um método que serve de guia, facilitador e redutor de tempo, que é eficaz na redução e correcção de erros.

    Este processo mental levará principalmente a uma corrente de criatividade/ideias, "das coisas nascem coisas" (Bruno Munari, 1998), pois um pensamento leva a outro, um conhecimento adquirido levara de forma gradativa a outras ideias. A criatividade revelar-se-á a partir de associações de pensamentos, quando exista oportunidade ou incentivo para procurar novas experiencias, pois o exercício mental (prazer de pensar) será uma condição básica para ser criativo, pois quanto mais usamos a mente mais estaremos aptos a usa-la.
    Esta vasta conjugação de dados/conhecimentos retida na memória é vista como inteligência, embora ser inteligente não seja sinónimo de ser criativo, a criatividade nada tem a ver com o quociente de inteligência (QI), no entanto, para se ser criativo é necessário ter um vasto armazenamento/memória de conhecimentos, e ter principalmente o “prazer de pensar”, questionar, ser sensível, fará toda a diferença ao combinar as informações para criar algo novo e útil.
    "criar só é possível quando o cérebro detém uma grandiosa e alargada variedade de conhecimentos" (Alencar, 2001)
    Embora outras teorias defendam existe uma forte correlação entre a inteligência e a criatividade estando o indivíduo com o QI abaixo dos 120 mais limitado, sendo o valor normal desta avaliação os 100.

    “Nós próprios somos um monte de energia criativa. Alguns de nós apenas ainda não o sabem!” (Gamez, 1996) pois todos os dias nas mais variadas actividades expressamos criatividade, a cada escolha ou decisão que fazemos, desde as tarefas básicas as complexas, por isso esta aptidão passa desapercebida, “é incorporada imperceptivelmente à sua vida; não é um enfeite usado para decorar” (Chaffee, 2000).
    Quando se estimula o pensamento original e criativo nas várias dimensões, de forma a “fazer melhor”, pode-se dizer que se vive de forma criativa, existem ate autores de psicologia defendem que a necessidade de criar é tal que “os sonhos são as manifestações não falsificadas da actividade criativa inconsciente…” são “…manifestações criativas da psique, (mente, inconsciente e consciente)… ” (Carl Junk, 1957)

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  31. Criatividade
    A criatividade é o típico conceito que continua a resistir a uma definição. No inicio da vida humana a criatividade era vista como um dom da natureza e com o passar do tempo tem vindo a ser caracterizada e comentado segundo diferentes pontos de vista em diversos livros e manuais. Criatividade é de natureza interdisciplinar e dialéctica, ajustando-se aos objectivos mais diversos.
    A Criatividade segundo o seu local de origem pode-se classificar de duas formas distintas, a criatividade individual, que é quando esta se manifesta num só individuo e é desenvolvida pelo mesmo e a criatividade colectiva que é quando surge interacção entre o grupo com o objectivo de optimizar e renovar de diversos métodos ou equipamentos.
    Marisa Serafim n. 32041

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  32. Ao longo da história a criatividade era vista como um dom, ou traço de genialidade mas nos anos 50 iniciam-se estudos sobre a criatividade na educação, na época afirmou-se que a criatividade tal como a inteligência, mas em grau superior, é uma característica da personalidade.
    Nos finais dos século XIX , inicio do XX os estudiosos consideravam que o pensamento criativo se dividia em etapas: preparação (recolha de informações), incubação (as informações são armazenadas e assimiladas), iluminação (apresentação de uma solução) e verificação (dar forma a ideia), este processo recorria ao inconsciente, nas faces criativas da incubação e iluminação, o primeiro a publicar acerca do tema foi Graham Wallas em 1926 na obra “the Art of Thought”.
    Segundo Money (1963) “o problema da compreensão da criatividade depende de quatro facetas diferentes daquelas que a pessoa pode estar implicada de forma distinta”, primeira faceta: situação criativa, o contexto onde surge e como expressa a criatividade; segunda: produto da criatividade, o objecto a ideia, a teoria no fundo a solução do problema; terceiro: o processo de criação, as operações mentais do pensamento criativo; quarta: as características psicológicas, personalidade, motivação e a variável do pensamento criativo.

    Ausebul considera que a dificuldade em ter uma única definição de criatividade se deve ao facto de não se ter feito ate a data uma distinção entre criatividade como traço (personalidade) e a ideia de criatividade característica singular (dom), questionando se seria a criatividade um traço ou um habito, se qualquer pessoa poderia ser criativa… “criatividade, como uma capacidade muito particular que se manifesta numa determinada área ou âmbito de tarefas, e a criatividade como uma constelação geral de aptidões, traços temperamentais e habilidades na resolução de problemas” (Ausubel, 1978). A criatividade situava-se entre o atributo individual e a propriedade do comportamento (habito).

    Stemberg (1985), baseada num estudo que analisava a opinião dos sujeitos, em relação ao grau de distinção/importância na correlação de três conceitos: inteligência, sabedoria e criatividade, seguindo linhas orientadora do que deveria ter um individuo criativo: ausência de convencionalismo; integração; imaginação; flexibilidade e decisão, perspicácia; motivação e interesse pelo reconhecimento dos outros.
    O resultado do questionário da correlação entre os três conceitos foi que a inteligência mais a sabedoria seriam os mais importantes, e que a inteligência mais a criatividade teriam a correlação mediana e a criatividade mais a sabedoria seriam os que as pessoas inquiridas teriam menos em conta, embora todas as correlações tivessem avaliação positiva.

    Para Torrence (1988) era necessário que a criatividade tivesse uma definição aceitável, para tal deveria seguir um modelo de processo: tomar conhecimento das dificuldades, problemas, ausências de informação, elementos desaparecidos, anomalias, de cometer erros e formular hipóteses acerca de deficiências, avaliar erros e hipóteses, possivelmente revê-las e comprová-las e, no final, comunicar os seus resultados.

    “A criatividade é a capacidade da pessoa para produzir ideias, descobertas, reestruturações, invenções, objectos artísticos novos e originais, que são aceites pelos especialistas como elementos valiosos no domínio das Ciências, da Tecnologia e da Arte. Tanto a originalidade como a «utilidade» como o «valor» são propriedades do produto criativo, embora estas propriedades possam variar com o passar do tempo” (Vernon, 1989)

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  33. Munari em 2007 na obra “fantasia” procura desenvolver a criatividade, através da dita fantasia e encontrar assim o que a arte necessita para ser arte, numa desconstrução do funcionamento da inteligência, que será a associação de ideias que estão numa base de dados, a memoria, assim sendo, quanto maior for o conhecimento e diversificado, maior será a facilidade de desenvolvimento criativo. Ao dar esta possível explicação do modo criativo artístico, desmistificou a genialidade (Eysenck, 1995), proposta ao longo da história, em que a criatividade era vista como um dom da natureza humana, uma característica particular de apenas alguns indivíduos, um “estado místico de receptividade a algum tipo de mensagem proveniente de entidades divinas”(Alencar, 2001), ou ate da associação do acto criativo á loucura a actos inconscientes, em indivíduos desajustados e cujos actos seriam uma compensação ou purga, numa forma discriminatória e ate anedótica, onde vários artistas conceituados são enumerados ao longo da historia, com psicopatias, como esquizofrenia, depressões, entre outros doenças do foro metal.
    Feliz Post (1994) realizou estudos nos qual relacionava as áreas artísticas ao grau de incidência das doenças mentais, em que políticos e cientistas seriam os menos afectados, seguidos dos intelectuais e compositores, por fim estariam os artistas plásticos e com maior incidência os escritores. E Eysenk (1995) verificou que em 194 personalidades, existiam casos familiares de suicídio, depressão, esquizofrenia entre outras psicopatias.
    Post (1994), diz ainda que nas personalidades com maior índice de transtornos se evidencia um elevado nível de “ego-strengh” , no fundo será a auto-confiança, auto-suficiência, “dispõem de uma força poderosa que os induz a criar. Todos eles têm em comum uma capacidade de trabalho excepcional, uma grande meticulosidade e perseverança”. Chegou então a conclusão que: a criatividade pode pré-dispor para os transtornos mentais, ou que segundo teorias antigas, os transtornos podem facilitar o aparecimento da criatividade, ou que os transtornos mentais e a criatividade têm origem comum, defendida por Eysenk.

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  34. A criatividade na educação

    Psicólogos desde sempre se interessaram pelo papel do indivíduo ao longo da vida, desenvolvendo estudos na área do desenvolvimento a nível cognitivo, dividindo as várias fases da vida em etapas ou estádios, segundo Erickson, a fase interessante do ponto de vista criativo vai desde da latência (a criança em idade escolar) ate é velhice. Este autor considera que todas as fases são criativas, mas o culminar criativo se dá na fase do adulto maduro, situada entre os 30 e os 40 anos de idade, mas coloca a possibilidade, tendo em conta os resultados dos estudos, que com o passar de gerações a fase de ouro tende a antecipar-se. No entanto admite também que os factores que intervêm na criatividade são tão variados, que seria imprudente associar idades a maior criatividade, obras geniais foram realizadas diversas idades dos seus autores.

    Pois o potencial criativo surge desde a infância, toda a criança vive de forma ilusória propícia a actividade de criar, como se sonhasse acordada, quando incentivada, estimulada, motivada, qualquer criança pode ser criativa principalmente nas áreas de maior habilidade, sendo assim propensa a agir de forma inovadora, principalmente se os actos forem valorizados e não houverem intimidações ou pressão, como a avaliação. Certas teorias defendem que qualquer criança poderá desenvolver qualquer habilidade, em contrapartida também existe a teoria que a maior aptidão para determinada habilidade se deve a factores genéticos ou hereditários.
    Mas o facto é que se uma criança recebe um acto reprobatório ira menosprezar aquela área/habilidade que se julga pouco apta de “fazer bem”, este reforço negativo vira a tornar-se um bloqueio /obstáculo que poderá nunca ser ultrapassado, pois tenderá a por de parte/recusa algo que não sabe fazer, nem tentara entender.
    Dois tipos de pensamentos funcionam em conjunto complementando-se na produção de um raciocino mais eficaz é o Pensamento crítico, um mecanismo interno que é usado para avaliação de valores, organiza as ideias para implementa-las e o Pensamento criativo para a criação de ideias, úteis.
    As crianças copiam as tarefas dos pais, uma forma de estimular a sua criatividade pois estão a dar-lhes conhecimentos que serão assimilados e usadas quando for na fase adulta para a resolução de problemas.

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  35. Lowenfeld em 1970 defende, numa visão mais educacional, teoria similar “A arte e capacidade criadora, sempre estiveram intimamente ligadas… precisamos compreender o processo que envolve a evolução da capacidade do pensamento criador das crianças”. Gilford por sua vez afirma que a criatividade são habilidades características de indivíduos criadores, como a originalidade, fluidez e flexibilidade, próprios da amplitude do pensamento divergente. Enquanto para Roger (1973) trata-se de uma auto-realização e terá que reunir certas condições interiores, como a abertura á experiencia, transpondo o convencional, sendo flexível na percepção e a tolerância a outras interpretações, pois não há inibição na criatividade.
    E para Torrance (1965) a criatividade é tornar-se sensível aos problemas, deficiências ou lacunas identificar a dificuldade, buscar soluções, formular hipóteses, testar, rever e por fim chegar ao resultado"criatividade é o processo de tornar-se sensível a problemas, deficiências, lacunas no conhecimento, desarmonia; identificar a dificuldade, buscar soluções, formulando hipóteses a respeito das deficiências; testar e retestar estas hipóteses; e, finalmente, comunicar os resultados" (Torrance, 1965). Para Rhandall a criatividade é reinventar, sair do trivial e fazer algo novo, é um estado de espírito.

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  36. É através da expressão plástica que as crianças expressam aquilo que não consegue dizer por palavras, uma “linguagem do inconsciente que complementa a da razão” (Stern, 1996), como as sensações, desejos e anseios, sentimentos importantes para o seu desenvolvimento, é esta a justificação da actividade criadora nas crianças, motivo que a torna indispensável.
    A expressão infantil é particular pois possui linguagem plástica própria e incorpora formas e cores simbólicas, podendo ser directa ao afirmar um estado e pode ser compensadora numa forma de realização de algo que não é possível na realidade.
    Os obstáculos e esta manifestação, serão nocivos a saúde da criança, prejudicando o seu desenvolvimento, devendo favorece-la para melhorar o desenvolvimento intelectual.
    A expressão é importante em qualquer idade da criança e adulto, embora nesta fase já não aconteça com influência em sensações e sentimentos, mas é um princípio essencial da civilização, embora hoje se cause entraves a sua livre manifestação (Stern 1996), mas quem pratica livremente a criatividade defende a importância de desenvolver uma personalidade criativa nas crianças, não só no sentido artístico mas principalmente como ser sociável, pois cada “obra” significará um passo na sua evolução.
    A expressão plástica praticada regularmente e a informação acerca de temas relacionados ira sensibilizar a criança, mas devera dar-se espaço para a criação livre, sem que sejam impostas normas, na qual a criança deverá ter total iniciativa, o que normalmente leva a melhores resultados criativos. Se o conhecimento erudito for valorizado em demasia, não será possível formar crianças capazes de assumir o progresso (Stern 1996).

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  37. As percepções visuais integram muitos dos processos representativos e abrem ao comportamento criador o amplo domínio da visão.Quando se fala de visão confunde-se com ela a capacidade do olhar. O olhar trata-se de uma capacidade riquíssima e determinante, que nos permite passar do domínio das sensações ao espaço estruturado das percepções visuais. Significa que o “olhar” se distingue do “ver”. Por exemplo: podemos frequentar dias seguidos uma certa rua de certa cidade, sensíveis visualmente ao seu aspecto global, sem tomar consciência de muitos dos sinais e características particulares dessa parte daquele meio urbano. Com base neste exemplo podemos considerar que o nosso olhar funcionou essencialmente no plano das sensações, apesar do largo espaço das percepções envolvidas, mas que não elaboramos uma consciência visual profunda do lugar. Ora ver é mais do que isso. Ver é ir ao encontro das coisas, é a coordenação consciente dos vários olhares, das diferentes sensações, das diferentes percepções, das próprias memórias que nos informam, em boa medida, os actos e as escolhas.
    Anabela Moreira

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  38. A visão das coisas e a necessidade de fazer escolhas funcionais e culturalmente bem sustentadas implicam grande vigilância sociológica, memória histórica e estética, uma criatividade segura, suficientemente aguerrida e conceptualmente crítica. As questões relativas à educação visual cruzam-se intensamente essas escolhas, acompanham o seu percurso, ligam-se portanto ao espaço global da comunicação artística, incluindo as linguagens onde os vários tipos de representação superam modelos ou estereótipos próprios da sociedade de consumo, regulando o engano supérfluo e os gostos menores que roubam os lugares de certos objectos raros e difíceis, paradigmas do sentido profundo do ser, da nossa capacidade de ver, refazer e inventar.

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  39. Uma imagem é a representação de alguma coisa. Existem imagens de vários tipos, como as imagens visuais, as olfactivas e as auditivas.O pensamento cria imagens que acompanham a ideia. O designer de comunicação tem ao seu dispor as mais diversas técnicas para a realização do seu objectivo:
    -se executa um cartaz, uma capa para um livro ou para um disco ou ainda um folheto publicitário, recorre, para além do desenho, ao pequeno mundo das oficinas de artes gráficas, hoje equipadas com mais sofisticados meios electrónicos.
    -ao criar um arranjo para as paredes de um hipermecado, o designer continua a servir-se dos meios de registo gráfico convencionais, mas os modos de concretização do seu trabalho e as equipas colaboradoras, serão diferentes dos utilizados para a realização do cartaz.
    As principais funções do design de comunicação são a informação, a educação e a animação.O mundo das imagens visuais é o veículo transmissor e o desenho é a linguagem de transmissão mais usual.Como qualquer outro meio de comunicação, este tipo de linguagem pressupõe a existência de:
    Um emissor – que é aquele que diz
    Uma mensagem – o que se diz
    Um meio de comunicar – o modo como se diz
    Um receptor - aquele a quem se diz
    Um efeito – reacção ao que foi dito.

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  40. Todas as imagens que nos rodeiam são signos. Todos os signos contem um sentido - a mensagem – que estimula o indivíduo que dela se apercebe – o receptor.Um signo representa algo diferente de si próprio e nele podemos distinguir dois componentes:
    O Significante ou a própria forma do signo que é perceptível;
    O Significado ou a representação mental – o conceito.
    De acordo com o papel desempenhado, os signos são de vários tipos. Existem várias classificações e adoptamos a seguinte:
    O sinal – é um signo elementar que provoca um reflexo imediato – um sinal de trânsito.
    O índice – é um signo que dá uma sugestão e não uma ideia completa e directa – uma nuvem escura sugere chuva.
    O ícono – signo que exprime directamente aquilo que significa – uma fotografia para cartão de identidade.
    Os signos podem ter mais do que um significado e, quando combinados uns com os outros, adquirem novas cargas de significação, isto é, as relações entre o significado e o significante podem ser diversas.
    O semiólogo Yean Clautier classifica os signos quanto ao seu significado do seguinte modo:
    Monossémicos – com um só significado, por exemplo, um sinal de trânsito.
    Polissémicos – o significante tem vários significados – o objecto ou o referente transmite ideias diferentes, por exemplo, a palavra vela, ligada à ideia de barco ou de iluminação.
    Pansémicos – são possíveis todas as relações entre o significante e o significado; por exemplo, a música.
    Relativamente aos signos, podemos falar ainda de denotação e conotação, isto é, dois níveis: o nível prático e o nível mítico.
    Ao nível prático associa-se a ideia de função cognitiva (do conhecimento).Ao nível mítico associa-se a ideia de função emocional.Por exemplo, um casaco de lã de camelo é macio, quente e caro.
    A denotação – casaco com uma determinada textura.
    A conotação – casaco caro, não é para todos.
    Ao observamos uma pintura, ela apresenta-se como um conjunto de linhas, cores e formas. Estes elementos organizam-se e constroem uma imagem.Aquilo que vemos é a parte conotativa. O processo mental, com associações de ideias que se reportam à nossa memória completando a leitura de imagens que vemos, é a parte denotativa. É esta que varia em cada observador e que faz com que a “leitura” seja sempre individualizada.

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  41. O símbolo – exige uma analogia entre o significante e o significado, e o receptor tem que estar na posse do código, como por exemplo, - a pomba branca aliada à ideia de paz.
    O símbolo tem uma carga acumulada às vezes durante séculos, outras vezes muito recente, mas sempre dependente dos aspectos culturais da sociedade e modulador, por sua vez, da própria atitude humana.

    Exemplos: triângulo equilatero; quadrado,sol,numero sete,azul e abelha.

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  42. Bibliografia:

    Sobre design de comunicação: Graça, Cristina Carrilho da; Trindade, Maria Júlia. (1997) Educação visual 3º ciclo. Lisboa. Lisboa Editora.
    Sobre percepção: Sousa, Rocha de. (1995). Didáctica da educação visual. Lisboa. Universidade Aberta.

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